domingo, 1 de abril de 2012

Nísia Floresta ganha museu interativo em homenagem as mulheres Museu foi inaugurado com proposta pedagógica e cultural para a população do Rio Grande do Norte.

A cultura de um povo deve ser apresentada através de espaços culturais como museus e bibliotecas. Hoje no Rio Grande do Norte existem poucos espaços que guardam a cultura potiguar e os que existem estão esquecidos pelo poder público. Mas uma iniciativa da Ong Cecop mudou essa realidade em Nísia Floresta.

Há dois anos, um edital do Governo Federal do Programa Mais Museus foi lançado para beneficiar município que tem de 20 a 50 mil habitantes com a criação de museus. “A população é Nísia esperava por esse museu há muitos anos, em várias administrações e o projeto nunca saia do papel. Hoje temos um espaço que guarda a memória de uma mulher, se destacou através de uma linha de tradição literária, feminista e política no Brasil e protagonista da historia do Brasil: Nísia Floresta”, argumenta Raimundo Melo, coordenador do museu. 

O museu traz a trajetória da escritora Nísia Floresta e conta a história dela através de vídeos e fotos, retratos de uma cultura rica em história. A interatividade com o público está espalhada em várias paredes e até cortinas, numa tentativa pedagógica de criar identidade com a personagem e cultura da cidade. 

Foto: Marília Rocha
Túnel circular traz imagens de mulheres anônimas e famosas na história, arte e educação


Voltando para o processo de construção do museu, a Ong Cecop apresentou um projeto no Ministério da Cultura e participou da seleção que contou com mais de 262 inscritos em todo o país e ficou em segundo lugar. 

Depois da vitória na seleção, a Ong se articulou com a Igreja Católica e com a prefeitura para doação do terreno, que fica na praça principal da cidade e iniciou o processo de construção do museu. 

A proposta do Museu Nísia Floresta era baseada em dois pontos principais: preservar e divulgar a memória de Nísia Floresta Brasileira Augusta e preparar um centro cultural para a população, com salas de ensino e até de cinema. “A ideia é atuar nessas duas bases e durante a construção do museu, ampliamos esse foco para tornar o museu mais interessante para o público. No espaço, as pessoas podem ter acesso aos livros, assistir vídeos e ainda conhecer de perto a história de Nísia”, argumenta.

Foto: Marília Rocha

  

Raimundo Melo, 
coordenador do Museu Nísia Floresta

Além da interatividade, o Museu Nísia Floresta tem uma atração na estrutura: existe uma
Foto: Marília Rocha
Museu conta a história da escritora Nísia Floresta.
sala que simula um ventre, onde as pessoas circulam vendo as fotos das mulheres que contribuíram na literatura, política e história do município, do Rio Grande do Norte e do Brasil. “As mulheres homenageadas são pessoas comuns, da comunidade e personagem da nossa história. Temos imagens de mulheres comuns e mulheres inteligentes: a marisqueira, artesã, governadoras e anônimas. Trabalhamos com o conceito feminino, valorizando a mulher que é o único ser que pode gerar vida”, destaca. 

O Museu Nísia Floresta fica aberta ao público durante três dias na semana: quarta, quinta e sexta-feira no horário de 8h às 11h e de 14h às 17 horas. “Queremos articular visitas agendadas através de escolas do município e do Governo do Estado”, explica.
Fonte: Nomnuto

4 comentários:

  1. A cidade de Nísia Floresta esta de parabéns, por mas esta conquista!

    Regina.

    ResponderExcluir
  2. Olá boa tarde gostaria de saber como chegar ao museu, se já está aberto ao público, quais os dias e horários de visitação.
    M. silva

    ResponderExcluir
  3. Moro em Nísia a pouco tempo e fico satisfeita em saber que meus filhos terá onde adquirir mas conhecimento e cultura.
    Suzana Gomes.
    N.FLORESTA

    ResponderExcluir
  4. É bom esclarecer que o processo de implantação do Museu Nísia Floresta só foi possível devido a colaboração de muitos parceiros e pessoas de Nisia que tinham o sonho de que esse projeto se tornasse realidade e foi em busca de parceiros, acervos, campanhas de tintas, gramas pois só o recursos vindo do IBRAM/MINC não possibilitava a instalação. Por isso se o Museu hoje existe ´mérito é de todos que se envolveram e não somente o CECOP.

    ResponderExcluir