O menino Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, já estava morto quando foi jogado no córrego Tanquinho, a poucas quadras de sua casa em Ribeirão Preto (SP) na última terça-feira (5), segundo o delegado seccional João Osinski Júnior, diretor do departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter-3). A afirmação foi feita por Osinski após o Instituto Médico Legal (IML) ter realizado um exame no corpo encontrado neste domingo em Barretos (SP).
Joaquim foi encontrado morto no fim da manhã deste domingo (10), no Rio Pardo, zona rural de Barretos. Os pais, a psicóloga Natália Ponte e o produtor de eventos Arthur Paes, e o avô materno fizeram o reconhecimento do corpo no IML de Barretos.
Segundo o delegado Osinski, a necropsia apontou que o pulmão do menino estava sem água, evidência que descarta a hipótese de que Joaquim tenha morrido por afogamento. Osinski informou já ter pedido outros exames para apurar a causa da morte, dentre eles um teste de insulina, já que a criança tinha diabete. Também são procuradas evidências de possíveis agressões físicas sofridas pela criança. "Precisamos saber de várias coisas, se foi esganado, por que lesão morreu”, diz.
O corpo de Joaquim foi encontrado pelo dono de uma propriedade rural em Barretos, que avisou o Corpo de Bombeiros pelo 193 após avistar uma pessoa boiando sobre as águas do rio Pardo neste domingo, por volta das 11h30. A criança foi reconhecida pelos pais Natália Ponte e Arthur Paes no IML. Além das características físicas, o pijama usado pela criança não deixou dúvidas, segundo Osinski. Abalados, os pais não comentaram o assunto.
As informações obtidas com o IML serão confrontadas com outros dados obtidos pela polícia nos últimos dias para solucionar a morte do menino. A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) também analisa imagens gravadas por câmeras de segurança na rua em que a família vive em Ribeirão.
A localização do corpo reforça a convicção anteriormente divulgada pelo Ministério Público e pela Polícia Civil, que após realizarem buscas, descartaram a possibilidade de encontrar Joaquim com vida. O local onde o corpo foi encontrado, o Rio Pardo, também bate com as suspeitas da polícia, que com a ajuda de um cão farejador evidenciou que Joaquim e o padrasto andaram às margens do Córrego Tanquinho, próximo à casa da família no Jardim Independência, e que desemboca no rio.
Ameaças
Enquanto equipes realizavam os trabalhos de apuração em Barretos, 20 policiais militares foram deslocados para a casa da família na zona norte de Ribeirão Preto na tarde deste domingo para escoltar o padrasto de Joaquim.
Enquanto equipes realizavam os trabalhos de apuração em Barretos, 20 policiais militares foram deslocados para a casa da família na zona norte de Ribeirão Preto na tarde deste domingo para escoltar o padrasto de Joaquim.
Guilherme Longo, que teve o pedido de prisão temporária negado na semana passada pela Justiça, foi levado por uma viatura com seu advogado por medida de segurança, em razão de ameaças de morte que recebeu de uma multidão que se formou em frente à sua casa no Jardim Independência. Ele foi levado para um local desconhecido.
Antes de ser levado, Longo ficou por quase duas horas dentro da casa protegido pela polícia, que isolou todo o quarteirão com corda e formou uma barreira humana para evitar que alguém se aproximasse da residência. Para aumentar a segurança, uma viatura da PM ficou estacionada dentro da garagem da casa.
Entenda o caso
Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, desapareceu na madrugada de terça-feira (5), de dentro da casa onde morava com a mãe e com o padrasto no bairro Jardim Independência. Em depoimento à polícia, Natália Ponte afirmou que notou a ausência do filho pela manhã, ao procurá-lo no quarto, por volta de 7h, para aplicar uma dose de insulina, já que o menino era diabético.
Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, desapareceu na madrugada de terça-feira (5), de dentro da casa onde morava com a mãe e com o padrasto no bairro Jardim Independência. Em depoimento à polícia, Natália Ponte afirmou que notou a ausência do filho pela manhã, ao procurá-lo no quarto, por volta de 7h, para aplicar uma dose de insulina, já que o menino era diabético.
Segundo a mãe, as janelas da casa têm grades, o portão estava trancado, mas a porta da sala estava aberta. Natália afirmou que o atual marido é usuário de drogas e que teria sido ele o último a ter contato com o garoto, ao colocá-lo para dormir, por volta de meia-noite.
Dependente químico, o padrasto Guilherme Longo contou que nas últimas semanas teve uma recaída e chegou a sair de casa na madrugada em que Joaquim desapareceu para ir atrás de drogas. Ele disse que deixou a porta aberta ao sair, mas que voltou rápido porque não encontrou o que procurava.
Longo, que teve a prisão temporária pedida junto com a mãe pelo delegado, negou que a dependência pudesse oferecer riscos ao menino e às outras pessoas com quem convive. Ele também negou envolvimento no sumiço.
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